A água que sai das torneiras de nossas casas é rica em várias substâncias, como minerais e resíduos coletados no seu trajeto pelo sistema de distribuição. Para a nossa saúde, tais minerais são inclusive benéficos, mas no radiador do carro, o contato com peças de metal pode gerar ferrugens e se tornar um problema para o sistema de arrefecimento.
Isso acontece porque o bloco do motor —estrutura que abriga os cilindros, carter e cabeçote— é feito de ferro fundido e pode oxidar quando em contato com a água, principalmente se ela também é rica em minério de ferro. Segundo o proprietário de uma loja de radiadores em Belo Horizonte, Ailton Pereira, uma alternativa é o uso do aditivo na água do radiador. “Ele deve ser usado com frequência, e antes que o sistema de arrefecimento apresente sinais de ferrugem. O ideal é que seja aplicado por um profissional capacitado, porque exige também a aplicação do óleo solúvel para selar a ferrugem. Além disso, se a aplicação for feita de maneira errada, pode permitir a entrada de ar no sistema de arrefecimento, prejudicando sua capacidade de resfriamento e elevando a temperatura do motor”, explica.
Usei o aditivo e o motor apresentou vazamento. E agora?
Muitos motoristas culpam os aditivos de danificar o carro, alegando que, após aplicar o produto, o veículo apresentou vazamento de água no sistema de arrefecimento. Neste caso, o automóvel já apresentava ferrugens em processo, e o vazamento se deve a remoção desse óxido. “O aditivo serve para evitar que a água cause a ferrugem, não reverte o processo. Se teve vazamento após a aplicação, significa que já haviam fissuras causadas pela ferrugem e que ficaram expostas após a sua remoção”, comenta Ailton.
De toda forma é melhor descobrir vazamentos que indicam danos, do que esperar problemas mais significativos. Se não descoberta a tempo, a ferrugem pode travar a bomba d’água, danificar válvulas termostáticas e o selo do bloco, exigindo a troca das peças por uma nova.