Em 1895, os irmãos franceses Auguste e Louis Lumiére realizaram no Grand Café, em Paris, a primeira projeção cinematográfica da história. A febre se espalhou pela Europa e, menos de três anos depois, o Brasil já realizava as suas primeiras filmagens. A façanha é atribuída ao brasileiro descendente de italianos, Afonso Segreto, que em 19 de junho de 1898, fez imagens da entrada da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a bordo do navio francês Brésil.
A data simbólica 19 de junho foi transformada no Dia do Cinema Nacional. De lá pra cá, o mercado audiovisual brasileiro mudou muito e conquistou o mundo. O crítico de cinema Wikerson Landim, do Portal de Cinema, explica que desde a década de 1960, nossas produções já eram destaques em festivais internacionais. “Temos diretores e obras reconhecidas e elogiadas nos festivais, mas comercialmente não vingavam. No Brasil, elas ficavam restritas a um pequeno nicho de público sem chances de enfrentar os blockbusters de Hollywood”, comenta.
A mudança veio no final da década de 1990, quando a Globo Filmes resolveu apostar em atores de destaque das suas telenovelas e programas humorísticos e conquistou os cinéfilos do país. “As distribuidoras brasileiras finalmente começaram a abrir espaço para a produção nacional e conquistamos boas bilheterias. Filmes como Tropa de elite (2007) e Se eu fosse você (2006) chegaram inclusive ao top 10, competindo com grandes produções de Hollywood”, destaca Wikerson.
Nova geração
Sucesso no YouTube com vídeos curtos, o grupo de humor Porta dos Fundos vai realizar seu primeiro longa-metragem, intitulado Contrato Vitalício. Para Wikerson, a produção tem tudo para lotar as salas de cinema. “Assim como a Globo Filmes, que conquistou o cinema com atores globais, o Porta dos Fundos possui uma grande base de fãs da internet. Tem potencial para um impacto positivo nas bilheterias.”
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O italiano Afonso Segreto foi, provavelmente, a primeira pessoa a fazer imagens de cinema no Brasil