Essa nova revista é uma reação da Abril para concorrer com a Época Negócios no nicho de mercado inteligentemente desenvolvido por essa última. A Época Negócios elevou o nível das matérias e das entrevistas e sofisticou a qualidade gráfica para distanciar-se da EXAME, que por sinal também sofre forte concorrência no outro flanco, desta feita pela ISTO É Dinheiro que apostou num jornalismo de negócios mais simples e objetivo, limitando-se a notícia e exigindo menos reflexão.
Achei a revista muito boa, ótimo papel, ótima impressão, matérias de alto nível e lindas fotografias de Sebastião Salgado. Apesar de tudo ainda prefiro por enquanto a Época Negócios, considero-a o ponto ideal entre a EXAME e a HSM Management.
Uma matéria interessante na EXAME CEO, entitulada “EM BUSCA DA ENERGIA DO FUTURO”e escrita por Angela Pimenta, fala de 08 (oito) fontes anternativas de energia com fortes chances de ocuparem o lugar do petróleo , principalmente neste momento onde parece impossível deter a escalado dos preços e quando já se fala em patamares superiores aos USD 200/bbl. Além das conhecidas e já usadas em larga escala, energia solar e eólica, destacam-se :
a) Etanol da celulose : A celulose está presente em todos os vegetais e é extremamente rica em açucar, substância indispensável na fabricação do álcool.
b) Diesel e gasolina sintéticos : Bactérias transgênicas transformam qualquer biomassa em combustível. Recentemente a Usina Santa Elisa firmou parceria com a Cia. Norte Americana Amyris para desenvolvimento desse projeto.
c) Querosene de aviação de óleo de côco e babaçu : Há 03 meses atrás um boeing 747 fez um vôo entre Londres e Amsterdan usando esse combustível.
d) Carro a Hidrogênio : A meta do Governo dos EUA é que até 2020 essa tecnologia esteja sendo utilizada em larga escala em todo o país. Trata-se da fonte mais limpa e mais abundante de energia existente na natureza.
e) Energia das marés e das ondas : Enormes flutuadores nos oceanos convertem a energia cinética do movimento das águas em energia elétrica, alguns países da Europa já testam com sucesso.
A aplicação em larga escala dessas alternativas vai depender principalmente dos investimentos em pesquisa e das pressões ambientalistas. Com a escalada do preço do petróleo, a cada dia essas alternativas tornam-se mais e mais viáveis e aproximam-se mais e mais da nossa realidade. O negócio de distribuição de combustíveis certamente não será mais o mesmo daqui a 15 anos, a nossa vida como é hoje certamente também não será mais a mesma nesse igual período.