O perigo do “ponto cego”

Data da publicação: 13/11/2014

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As famosas “fechadas” que acontecem no trânsito nem sempre são por má intenção do motorista. Algumas vezes, o problema é causado pelo “ponto cego” no retrovisor, fenômeno que acontece quando o veículo na faixa ao lado fica fora do alcance de visão do condutor pelo espelho. O administrador de empresas de 30 anos, Thiago Bernardo Faria, conta que tem esse problema recorrentemente. “Eu já quase bati o carro por causa do ponto cego muitas vezes. Você olha no retrovisor e o carro não está lá, mas assim que faz a conversão de faixa, o veículo aparece e é um grande susto”, relata.

O modelo do carro é um dos fatores que influencia na visibilidade do condutor, mas, especialmente no Brasil, os veículos não apresentam bom desempenho nessa questão. De acordo com pesquisa desenvolvida pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI), apenas 13 dos 200 modelos testados alcançaram nota alta no índice de visibilidade e nenhum atingiu pontuação máxima no quesito.

Contudo, apesar de mais comum em alguns carros do que em outros, a falta de visibilidade pode acontecer em qualquer veículo e é uma das grandes causadoras de acidentes. É necessária atenção redobrada para as manobras de conversão de faixa e ultrapassagem. Thiago conta que depois de experimentar o problema se tornou mais cauteloso. “Passei a ter um medo maior de fazer as conversões. Agora olho mais vezes ao retrovisor antes da manobra e utilizo melhor o espelho central também. Outra dica que aprendi é inclinar o corpo para que o ângulo de visão se modifique”, comenta.
Regulagem de espelhos

Um critério importante para minimizar o problema é a regulagem correta dos espelhos. Os retrovisores laterais devem estar posicionados de forma que ao olhar por meio deles, o motorista visualize apenas 10% da lateral do carro. O restante deve mostrar as faixas de rodagem em ambos os lados. No espelho interno, o motorista precisa enxergar todo o vidro traseiro.

O ajuste certo do banco também influencia na qualidade da visibilidade. A regra básica é que o pé esquerdo do motorista precisa tocar no fundo da embreagem com a perna levemente flexionada. Quando encostado ao banco, o motorista deve alcançar a direção com os dois punhos no alto e com os braços levemente flexionados.

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