Segue um artigo que me foi enviado por Vladimir a respeito das questões básicas que realmente importam na gestão empresarial, o restante nada mais são que firulas. Essa abrodagem também é utilizada no livro Derrubando Mitos de Phil Rosenzweig que abre fogo sobre os best-sellers de negócios, gurus e modismos de gestão, recomendo a leitura.
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Para além dos inevitáveis modismos da administração, deve ser considerado o tripé da gestão (ou 3 Es essenciais): Estratégia (“software”), Estrutura (“hardware”) e Equipe (“peopleware”)
Exceto pela próprio mundo fashion que se vê obrigado a produzir novas coleções a cada estação, talvez não haja outra área do conhecimento humano tão sujeita a modismo como a chamada Administração de Empresas. Basta dar uma olhada nas prateleiras das livrarias. A cada semana, novos títulos com novas teorias sobre como fazer isso ou aquilo ou, em se tratando de recomendações pessoais, como ser deste ou daquele modo. Neste caso, é preciso não esquecer a lição de um verdadeiro ícone da moda.
“Toda moda é criada para ficar fora de moda.”
Gabrielle Coco Chanel, 1883-1971, estilista francesa
Se, por uma hipótese absurda, uma empresa adotasse todas as novidades surgidas, certamente não teria vida longa, sobretudo porque muitos dos modismos advogam recomendações contraditórias. A esse respeito, vale considerar a opinião de quem teve responsabilidade de dirigir uma empresa centenária.
“A Coca-Cola não se encaixa no que eu chamo de modos passageiros de técnica de gestão. Precisamos é olhar para o futuro e fazer nossos planos, mas não vamos nos engajar em modismos. Podemos, claro, escutar o que dizem alguns deles: se houver alguma lição a ser apreendida, tudo bem. Mas, em princípio, não vamos reorientar nossa administração pelo modismo de ontem.”
Douglas Ivester, ex-presidente da Coca-Cola Company
Claro que no meio do joio, existe algum trigo de boa qualidade. A sabedoria, justamente, é utilizar o que é utilizável sem se deixar enganar com as baboseiras, conforme alerta um renomado estudioso no assunto.
“A razão de eu ser contra modismos é que eles fazem as pessoas pararem de pensar. Isso não significa que você não deva usá-los inteligentemente, adequando-os ao seu caso.”
Henry Mintzberg, professor e pesquisador em gestão
A prática com a gestão empresarial tem demonstrado que, para além dos modismos, existe o que se pode chamar de tripé básico da gestão (os chamados 3 Es essenciais): Estratégia, Estrutura e Equipe.
Estratégia
“Ou você tem uma estratégia própria, ou então é parte da estratégia de alguém.”
Alvin Toffler, futurólogo norte-americano
A Estratégia faz as vezes do “software” da gestão, é aquilo que se deve fazer para que a empresa não seja “uma folha ao sabor do ventos da concorrência”. Sem uma estratégia de boa qualidade não há futuro consistente possível.
Estrutura
“O sucesso de uma empresa não está em seu plano estratégico, mas em sua capacidade de fazê-lo tornar-se realidade.”
Larry Bossidy, executivo norte-americano
Além de uma boa Estratégia, é preciso um bom “hardware”, uma boa Estrutura. Uma adequada e transparente divisão e supervisão do trabalho, com responsabilidades, tarefas e processos bem definidos.
Equipe
“A estratégia é inútil sem pessoas de alta qualidade.”
Frederick F. Reichheld, consultor norte-americano
Além de bons “software” e “hardware”, um “peopleware” adequado é fundamental. Para fazer acontecer a boa Estratégia e fazer funcionar a Estrutura bem desenhada, uma boa Equipe é absolutamente indispensável.