Posto ou loja de conveniência, quem nasceu primeiro?

Data da publicação: 31/03/2021

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Frentista homem do posto de combustível ALE com uniforme e boné azul à esquerda da imagem e atendente mulher da loja de conveniência Entreposto com camisa e boné branco à direita.

Talvez pareça uma pergunta óbvia, mas a resposta pode te surpreender: foi a loja de conveniência! E isso aconteceu nos Estados Unidos, na década de 1920, quando o automóvel não era tão difundido. A “revolução automobilística” da Ford estava apenas começando.

No Texas, Joe C. Thompson era franqueado de uma rede que vendia barras de gelo, produto com grande demanda na época, pois a maioria das pessoas usavam caixas térmicas. Mas não demorou muito para ele perceber que seus clientes tinham outras necessidades e começou a vender outros produtos.

A rede de franquias não gostou da ideia, alegando que ele estava desvirtuando o negócio, que deveria ser gelo e nada mais. Certo de que estava no caminho correto, ele cancelou o contrato. Que saber se deu certo? Joe é o fundador da 7 Eleven, um dos mais relevantes exemplos de varejo de proximidade e a maior rede de lojas de conveniência do mundo.

Os anos passaram e os automóveis vieram a ser uma realidade. Quem até então vendia apenas ração para cavalo, também percebeu uma nova oportunidade com a movimentação dos automóveis. E do que um veículo precisa? Combustível!

Pronto, a solução foi simples: colocar uma bomba de combustível na frente da loja de conveniência. Assim nasceu o primeiro posto de gasolina.

As lojas de conveniência no Brasil

 

Aqui no Brasil as conveniências demoraram a chegar. Somente em 1987 surgiu, em São Paulo, um modelo de loja de conveniência voltada a atender dentro de um posto de combustível. Mas o Brasil ainda não explorou muito desse mercado. Só para se ter uma ideia, apenas 19% dos postos de combustíveis no país têm conveniência.

Já nos Estados Unidos, 80% dos postos possuem; 90% no Reino Unido; e 95% na Austrália. Na América Latina, o Brasil também está para trás, já que no Uruguai, por exemplo, quase 90% dos postos disponibilizam uma loja de conveniência a seus clientes.

Um mercado com muito potencial

 

O atraso para que esse tipo de serviço se tornasse realidade dentro dos postos brasileiros, hoje, pode, pode ter algo positivo: há muito mercado a ser explorado.

Lojas de conveniência estão na categoria de varejo de proximidade e têm tudo para se tornar uma loja de destino. Ou seja, as pessoas vão até elas porque já sabem o que irão encontrar.

Um estudo da Boston Consulting Group revelou que as lojas de conveniência são as que têm maior capacidade de crescer neste segmento do varejo. E os motivos são simples:

• Marca reconhecida e sensação do cliente de que tem sempre uma perto dele;
• Consistência e padronização dos produtos e atendimento;
• Mix de produtos cada vez mais refinado;
• Facilidade de acesso;
• Conforto, pois estão no posto com iluminação e segurança;
• Rapidez, agilidade e cordialidade no atendimento;
• Horário de funcionamento estendido.

E os postos têm todas as características e potencial para fazer essa entrega aos clientes, principalmente porque estão muito bem localizados, com destaque para as esquinas. Aliás, o mesmo estudo também revelou o que as pessoas querem em uma esquina próxima de casa:

Um lugar que esteja sempre aberto;
Que seja de fácil acesso;
Onde o check in e check out sejam rápidos;
Que possam resolver vários problemas ao mesmo tempo.

Atendente mulher da loja de conveniência Entreposto atende mulher de cabelos brancos, ambas sorrindo

As lojas de conveniência trazem diversas facilidades para o consumidor, fazendo com que elas recebam o conceito de “esquina mágica”.

E estes são os principais problemas que as pessoas querem resolver:

• Cuidados com o carro em geral, como: abastecer, fazer a troca de óleo, alinhamento e balanceamento, abastecer o carro, oficina mecânica com reparos mais simples imediatos – trocar o óleo, alinhar e balancear, ter um lava-rápido, entre outros;
• Mercadinho para fazer as compras do dia a dia;
• Farmácia;
• Padaria;
• Lojinha de utilidades domésticas.

Essa é a descrição de uma “esquina mágica”. Já é comum lojas de conveniência oferecerem produtos normalmente encontrados em mercados e padarias, assim como terem farmácias ao lado. As utilidades domésticas ficam como dica para os empreendedores.

Conveniência: uma tendência que veio para ficar

 

O que corrobora a importância do segmento são dados de que a margem de contribuição do combustível está cada vez menor e os negócios dentro do posto tendem a ir para a loja de conveniência.

Uma conveniência bem operada pode dar de 30 a 35% de margem, mas lojas com food service têm resultados mais expressivos, podendo chegar a 45% de margem. “Hoje, o posto tem uma loja, mas não duvido que, em breve, a loja vai ter um posto”, diz Marcelo Borja, consultor ALE e especialista no setor.

As lojas de conveniência Entreposto estão se tornando referência no segmento, graças à qualidade do atendimento, serviços e mix de produtos. Elas atraem consumidores que estão no trânsito e querem fazer uma pausa para um café ou uma água” afirma Frederico Amorim, Gerente de Operações de Varejo e da Academia Corporativa da ALE.

Recebem, também, quem busca uma refeição rápida e, em alguns casos, é possível ver pessoas com notebook em cima da mesa trabalhando. Estamos melhorando nossos atrativos e acompanhando os novos hábitos dos consumidores” finaliza Frederico.

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